Reflorestar é preciso!

Conheça os tipos existentes de reflorestamento e porquê a prática deve ser executada com consultoria especializada

 

No cenário ambiental atual, a prática do reflorestamento nunca foi tão necessária para o nosso planeta, como é agora. Dentre os benefícios para seres humanos, a fauna e a flora destacam-se a absorção de gás carbônico atmosférico e a recomposição da biodiversidade, ajudando a prevenir a desertificação e a erosão do solo, melhorando a qualidade do ar, diminuindo a poluição sonora e proporcionando o equilíbrio natural. Tratando-se das margens de rios, o reflorestamento fortifica, estabiliza e protege o manancial.

Por definição, o reflorestamento nada mais é do que uma prática ambiental com o objetivo de reestruturar a vegetação de locais que foram desmatados. Essa ação contribui em equilibrar novamente o ecossistema, através do plantio de mudas de árvores nativas. O reflorestamento tanto pode acontecer de forma natural como intencional (com interferência humana), com a finalidade de se atingir determinado objetivo ou estágio de regeneração.

Existem dois tipos de reflorestamento: o ecológico e o comercial.

O Reflorestamento Ecológico é realizado com árvores comuns à região (espécies nativas), para preservação, conservação e restauração da fauna e flora. Com relação às estratégias, ou seja, metodologias, é possível citar: a regeneração natural e o plantio em área total.

“A regeneração natural é um conjunto de processos em que as plantas se estabelecem em determinada área sem que elas tenham sido introduzidas pela ação humana. São sementes trazidas pelo vento ou por animais, como pássaros e mamíferos. É necessário um bom diagnóstico da paisagem a ser restaurada, pois nem toda área degradada tem bom potencial para regeneração natural e, ações como adubação, controle de plantas invasoras e limpeza no entorno da área visam garantir condições para que a regeneração natural se desenvolva da mesma forma que uma muda plantada”, explica Anna Beatriz Barbosa Dourado, engenheira ambiental da PlanetGeo, empresa especializada em consultoria ambiental.

Quando a área a ser reflorestada sofreu degradação a ponto de não haver possibilidade de regeneração natural, se faz necessário o plantio total. “Trata-se do plantio de espécies vegetais (herbáceas, arbustivas e arbóreas), nativas ou não, por meio de sementes e/ou mudas, com uma ou mais espécies, para formação de uma comunidade vegetal. Ocorre de modo bem mais rápido do que o natural, pois as árvores são plantadas sequencialmente e em larga escala. É o tipo de plantio mais utilizado nos casos de propriedades rurais que necessitam recuperar áreas que, legalmente, não poderiam ter sido desmatadas. Neste momento, por exemplo, estamos realizando um plantio desse tipo em propriedade localizada no município de Lins/SP, totalizando 12.800 exemplares de espécies nativas, incluindo as frutíferas”, aponta a profissional.

Já no caso do Reflorestamento Comercial, as empresas realizam o reflorestamento de espécies exóticas, como o mogno africano, por exemplo, que são usadas para fins comerciais, sem prejudicar o meio ambiente. “No caso da extração madeireira, é uma forma de se obter madeira legalizada, sem devastar as nossas florestas nativas”, pontua Anna.

Independentemente do tipo de reflorestamento a ser realizado, a consultoria técnica é indispensável. “Ao dispor de uma consultoria especializada, é possível auxiliar no diagnóstico da área a ser reflorestada e contribuir com informações para adequação e preparação do solo, além da indicação das espécies a serem utilizadas; definição da melhor metodologia e elaboração de cronograma com melhores datas para cada ação, como, por exemplo, dispersão de sementes no solo, plantio, replantio, entre outros; e o acompanhamento geral do reflorestamento, que, assim, tende a obter melhores resultados”, conclui o gestor ambiental e  diretor da PlanetGeo, Fabrício Hermini.

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